A Identidade é relacional, marcada pela diferença. A diferença é sustentada pela exclusão. A construção da identidade é tanto social quanto simbólica. Uma das formas da identidade estabelecer suas reivindicações é por meio do apelo a antecedentes históricos. Na sociedade atual, o indivíduo é fragmentado, tendo ou "fazendo" parte de várias identidades. Em um mundo tão complexo, onde informações de massa são jogadas todos os dias em cima das pessoas, onde migrações físicas, psicológicas e comportamentais acontecem a cada segundo. Com a globalização mais acelerada do que nunca, é, e não poderia ser diferente, o indivíduo não ter apenas uma identidade e sim se familiarizar, se identificar com várias. A identidade não é estável e unificada, ela é mutável e às vezes até mesmo provisória. Esta perda de um "sentido de si" estável é chamada, algumas vezes, de deslocamento ou descentração do sujeito. Esse duplo deslocamento-descentração dos indivíduos tanto de seu lugar no mundo social e cultural quanto de si mesmos constitui uma "crise de identidade" para o indivíduo. Na modernidade, a explicação plausível para essa "diversificação" de identidades pode ser encontrada no fato denominado globalização. A globalização é a diminuição do espaço pelo tempo, com ela as informações, as culturas, os modos de vida, e diversas idéias de diferentes grupos são transitados por vários lugares, não importando o espaço e a distância, através dos meios de comunicação. Os meios de comunicação, com o avanço da tecnologia, estão cada vez mais aprimorados, facilitando a vida de "algumas" pessoas. Como a televisão, jornais, rádios e é claro a internet. Vale à pena lembrar que eles facilitam a vida de "algumas pessoas" pelo fato de nem todos terem o contato e recursos para obtê-los. A cultura molda a identidade ao dar sentido à experiência e ao tornar possível optar, entre as várias identidades possíveis, por um modo específico de subjetividade. A globalização envolve uma interação entre fatores econômicos e culturais, causando mudanças nos padrões de produção e consumo, as quais, por sua vez, produzem identidades novas e globalizadas. A migração produz identidades plurais, mas também identidades contestadas, em um processo que é caracterizado por grandes desigualdades. Essa dispersão de pessoas ao redor do globo produz identidades que são moldadas e localizadas em diferentes lugares e por diferentes lugares. A globalização forneceu e fornece o "choque" de diferenças culturas, pois com toda essa "movimentação" de informações e culturas diferentes, muitas pessoas acabam se identificando com modos e opiniões diferentes daquelas que seu lugar de "origem" possui. Com isso, acabam adotando identidades diferentes, fazendo parte de diversos grupos, e até mesmo acabam adquirindo opiniões e posturas nunca imaginadas. Com todo esse "choque" de diferentes identidades, o próprio sujeito acaba se perguntando: Quem eu sou? Ou seja, acaba tendo uma grande dificuldade de se encontrar culturalmente. Isso é contraditório, pois no mundo de hoje, com avanços científicos e tecnológicos cada vez mais notáveis, o próprio ser não sabe mais a que grupo pertence. Não sabe e não encontra mais o seu "eu".
Michael Medeiros Marques
Graduado em Ciências Sociais pela Universidade Regional do Cariri, Bacharelando em Ciências Sociais
Professor de Sociologia
Integrante do Coletivo Camaradas
michaelmarques.cs@hotmail.com
a identidade social e modo comos nos vemos no sentido "Eu" comos nos pensamos .
ResponderExcluirA identidade é uma representação simbólica socialmente construída.
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