quarta-feira, 21 de abril de 2010

Indústria Cultural


Ao pensar no processo de produção cultural trago-lhes para os meus caros colegas uma relevante discussão em torno das práticas culturais exercidas nos espaços de manifestações na nossa querida Região do Cariri, estado do Ceará e Brasil. Dentro de uma perspectiva marxista, querendo discutir uma possível (utopia?), remodelação dessas práticas e modelos de cultura apresentados por meio da mídia. Partindo da premissa da dialética (tese, antítese e síntese), onde podemos discutir a origem, as manifestações e modificações ao longo dos anos nos movimentos culturais apresentados e nas festas populares. Levando em consideração a comunicação que possa ser exercida entre os membros de uma mesma sociedade, ou seja, indivíduos que compõe um mesmo grupo social, e que possamos enxergar as contradições da lógica do mercado cultural. Então venho a propor (discutindo), pensarmos numa proposta de um novo modelo de produção cultural, onde possamos aglutinar pessoas envolvidas na cultura de seu povo, de sua gente. Buscando uma emancipação humana através de fomentação das manifestações culturais, indo contra a maré de toda a produção da indústria cultural, onde esse mercado cultural manifesta-se na forma mais cruel de padronização das práticas culturais, visto as músicas, filmes, danças, livros, jornais, mídia radiofonica, televisiva, comunicação instântanea (internet). Partindo da ideia de Cultural de Massa, onde o processo gira em torno da adesão, e não da discussão da informação passada, sinto a necessidade de prover uma nova visão, de levar de fato a toda sociedade um grito de "CHEGA!", basta de vulgarização da figura feminina, onde temos as mulheres frutas, "tem a feminilidade de uma vaca/produzidas com uma roupinha da estação/que viram no anúncio da televisão". O fato é que somos atraídos pelos porta-vozes das manifestações artísticas e culturais em nosso país, a mídia (porta-vozes) populariza as informações. Até então nada demais nas informações serem popularizadas, repassadas de uma forma mais justa, mais ampla, mais democratica. Mas camaradas essa popularização está ligada diretamente a um processo de conscientização, de transformações dos indivíduos em sujeitos consumidores dos produtos emanados pela indústria cultural. Paremos um pouco, e que possamos pensar de fato, no que estamos assistindo, escutando, ouvindo, quais as reflexões conscientes estamos tendo ao sentarmos todos os dias diante das representações midíaticas? Não! Não quero aqui mudar o jeito e a forma de pensar dos camaradas, mas sim propor uma discussão, rediscussão (se assim vocês querem) da produção cultural. Não a uma cultura de adesão, e que digamos sim a uma cultura engajada, coerente, dinâmica, e por que não transformadora. Podemos sim mudar a contextualização, os espaços e as formas das produções culturais, vê de outra forma, mais reflexiva e crítica já seria um começo para nós, uni-vos nessa luta que é de todos.

Michael Medeiros Marques
Licenciado em Ciências Sociais pela Universidade Regional do Cariri
Bacharelando em Ciências Sociais pela Universidade Regional do Cariri
Secretário de Finanças do Coletivo Camaradas www.coletivocamaradas.blogspot.com
Professor de Sociologia