quarta-feira, 22 de junho de 2011

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01) Podemos dizer que até mesmo os povos não-civilizados possuem cultura, pois:

I. A cultura é transmitida socialmente, de geração a geração

II. A cultura não se baseia somente na linguagem escrita

III. Todos possuímos cultura

IV. Não existe classificação para as culturas em geral, assim, não existe cultura inferior ou superior.

Quais as alternativas estão corretas:

a) I e II

b) II e III

c) III e IV

d) Todas estão corretas

02) A cultura determina:

a) A posição econômica do indivíduo

b) Os valores de uma sociedade

c) As ações e as regras da vida na sociedade

d) A posição econômica faz com que o indivíduo tenha ou não cultura

Estão corretas:

a) I e III

b) I e II

c) II e III

d) III e IV

03) Qual destes é um exemplo de cultura brasileira:

a) Bumba-meu-boi

b) Touradas

c) Tango

d) Hallowen

04) O apartheid, que vigorou por muito tempo na África do Sul:

I. Proibia que os negros votassem em eleições gerais;

II. Proibia o casamento entre brancos e negros

III. Permitia ao negro morar onde quisesse

IV. Limitava os negros a morar somente em bairros negros

V. Restringia vários direitos dos negros

Assinale:

a) Apenas I e II são corretas.

b) São corretas apenas I, II e III.

c) As afirmações II e IV são incorretas.

d) São corretas apenas I e V.

e) Apenas a informação III é incorreta.

05) Quais destas alternativas não contém um exemplo de intolerância racial, cultural ou religiosa?

a) As leis de padronização da raça ariana no nazismo.

b) Dominação, massacre e escravidão dos indígenas brasileiros pelo europeu colonizador.

c) Política da apartheid na África do sul até o inicio dos anos 1990.

d) Movimento estudantil e trabalhista pelo fim do regime militar no Brasil.

06) (UFSJ-MG) Leia o texto.

Os nazistas eram totalmente ignorantes em genética. Tudo o que fizeram era furado. Eles, inclusive, tinham a idéia de uma raça única, a raça ariana, o que não faz nenhum sentido porque 95% da variedade genética humana está dentro do que eles chamavam de raças.

Sérgio Danilo Pena, geneticista da Universidade Federal de Minas Gerais, em entrevista à Revista Galileu, de fevereiro de 2003.

O nazismo alemão pregava:

a) A política de “separados, mas iguais”, com a separação dos negros, em escolas e outras instituições, com a garantia da mesma qualidade de serviços.

b) A superioridade dos brancos puros, os arianos de origem germânica e a submissão ou extermínio dos racialmente inferiores.

c) A mistura de povos, da Ásia, África e América Latina.

d) O domínio dos judeus europeus, e a separação dos católicos e protestantes.

07) De acordo com os estudos sociológicos, o que é etnocentrismo:

a) É a visão de mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência.

b) São os modelos da sociedade da qual nós vivemos.

c) É uma cultura que só existe no Brasil.

e) É uma visão em que todas as culturas que não são as nossas são desprezadas, ou seja, as culturas não conhecidas não têm seu valor.

08) Segundo a música do Gabriel Pensador, as pessoas precisam de uma Lavagem Cerebral, porque?

a) Porque tudo que acontece na sociedade é natural, ou seja, já está previsto de acontecer.

b) Nada na sociedade tem valor, tudo está um caos e precisamos de uma lavagem cerebral.

c) A música fala sobre pragas sociais que são racismo, preconceito e discriminação, que devemos erradicar de nossa sociedade.

d) Não tem sentido nenhum a música, porque racismo, preconceito e discriminação não existem no Brasil.


GABARITO: 1 - B; 2 - C; 3 - A; 4 - E; 5 - D; 6 - B; 7 - A; 8 - C

O que faz de mim

O que faz de mim

Sabe, tem horas que não tenho muito a dizer
São só lembranças que estão a mercê
Mais do que palavras vividas e soltas
No entanto, prefiro não dizer

Dos carinhos a dois, do beijo muito longo
Das emoções eternas vividas
Em que parecem, o tempo parou para nós
Mas o nós não existe hoje, só o eu

O que faz de mim um homem a pensar
O que faz de mim um homem a sorrir
O que faz de mim um homem a amar
O que faz de mim um homem a lembrar

São momentos reais para uma vida real
O eu, meu eu, ainda está aqui
E sinto que ando da mesma maneira
Um erro? Talvez, mas prefiro que seja assim

Termino por dizer, o que eu nunca termino
Que hoje gosto de você e lembro sempre de ti
Lembranças que apertam o meu ser
Mas que ainda estão vivas bem aqui, dentro de mim

Autor - Michael Medeiros Marques
22/06/20011 06:04 am

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Versão Feminina


A versão feminina para origem do homem


Um dia, no jardim do Éden, Eva disse a Deus:
- Deus, tenho um problema!
- Qual é o teu problema, Eva?
- Deus, sei que me criaste e me deste este maravilhoso jardim e todos estes maravilhosos animais e esta serpente tão graciosa, mas... não sou feliz.
- Porquê, Eva? - disse a voz lá de cima.
- Deus, estou sozinha e não agüento comer mais maçãs.
- Bem, Eva, nesse caso, tenho uma solução. Criarei um homem para ti.... -
- O que é um homem, Deus?
- Um homem será uma criatura defeituosa, com muitos atributos negativos. Mentiroso, arrogante,vaidoso; em resumo, fará da tua vida um inferno. Mas, será maior, mais rápido, e vai caçar e matar animais para ti. Terá um aspecto estúpido quando ficar excitado, mas, para que não te queixes, criá-lo-ei com o objetivo de satisfazer as tuas necessidades físicas. Será patético e sentirá prazer em coisas infantis, como lutar e dar pontapés numa bola. Não será muito inteligente e vai precisar do teu conselho para pensar adequadamente.
- Parece ótimo - disse Eva com um sorriso irônico.
- Porém...
- Qual é o problema, Deus?
- Bem... irás tê-lo com uma condição.
- Qual, meu Deus?
- Como te disse, será orgulhoso, arrogante e egocêntrico.. . Assim terás que deixar que ele acredite que eu o fiz primeiro.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

OS SONACIREMA


A cultura dos Sonacirema se caracteriza por uma economia de mercado altamente desenvolvida, que se beneficiou de um habitat natural muito rico. Muito ocupados com a economia, depreendem muito tempo com ocupação de rituais. O corpo humano é o principal foco de atenção dos rituais.

Acreditam que é débil, feio e doente e por isso todo grupo tem em suas casas os santuários para suas cerimônias. Os mais ricos tem diversos deles, aliás, sua condição é avaliada pela quantidade de santuários que possui em sua casa. Os menos favorecidos têm apenas um e se espelham nos ricos na construção dos santuários, cobrindo-os de pedras e cerâmicas.

As cerimônias ocorridas são secretas e privadas e somente com as crianças se discute esses mistérios, porque são iniciantes.

Uma caixa embutida na parede guarda poções mágicas e inúmeros feitiços, sem os quais, nenhum nativo acredita poder viver.

Os feitiços são obtidos de curandeiros, os quais escrevem com linguagem antiga e secreta as poções curativas que são levadas aos herbários e curandeiros que fornecem o feitiço desejado, cada qual recebendo substanciais presentes. Os feitiços são utilizados na medida de seu propósito e depois são guardados na caixa mágica que esta sempre cheia, é tantos que as pessoas esquecem sua utilidade.

Embaixo da caixa sagrada existe a fonte de águas sagradas, que os sacerdotes mantêm ritualmente puro, através de cerimônias no Templo das Águas.

Os homens-da-boca-sagrada estão abaixo dos curandeiros, e os sonacirema acreditam que o cuidado da boca tem uma influência sobrenatural nas relações sociais e uma forte relação entre características orais e morais. O corpo e a boca fazem parte do ritual cotidiano, rito que repugna o estrangeiro, pois o uso de um pequeno feixe de cerdas de porco na boca, que movimenta pós mágicos com gestos iguais e continuados.

O homem-da-boca-sagrada recebe a visita dos sonacirema duas ou mais vezes por ano. Esses possuem uma variedade de objetos usados no exorcismo dos perigos da boca, alargam buracos e lá depositam pós-mágicos, mesmo que os dentes deteriorem os nativos continuam retornando. As personalidades destes nativos mostram uma tendência masoquista definida, pois o homem-da-boca-sagrada enfia a agulha no nervo enquanto seus olhos brilham sadicamente. Essa tendência fica evidente quando no ritual diário envolve uma arranhadura e laceração no rosto com um instrumento cortante. Ritos femininos também são masoquistas, quatro vezes por mês lunar, as mulheres enfiam suas cabeças em fornos durante uma hora.

A imponência do templo Latipsoh recebe pacientes doentes para tratamento e as cerimônias ai realizadas, envolvem um grupo de vestais com roupa e penteados distintos, além do taumaturgo. Existe certa violência nas cerimônias, poucos conseguem curar-se. Crianças não gostam de submeter-se à doutrinação e resistem. Os guardiões não admitem o cliente que não possa dar um presente ao zelador, mesmo após sobreviver às cerimônias, não se permite a saída até que outro presente seja dado.

Os sonacirema não expõem o corpo e suas funções, como banho e excreções, e ao entrar para as cerimônias sofrem um choque psicológico por não estar na intimidade doméstica. Um homem nunca exposto no ato excretório, nem sua mulher, de repente, encontram-se nus diante de uma vestal desconhecida, enquanto executa suas funções no vaso sagrado. Essas excreções são utilizadas por um adivinho para diagnosticar a doença, enquanto as clientes são apalpadas e manipuladas pelos curandeiros.

Além de ficarem quietos em suas camas duras, os pacientes recebem de madrugada a visita de vestais que os acordam e fazem uma série de exames, enfiando varas em suas bocas além de atirarem agulhas magicamente tratadas em sua carne.

O feiticeiro chamado de Escutador exorciza demônios em pessoas que foram enfeitiçadas. Os sonacirema expõem ao Escutador todos os seus medos e problemas, pois acreditam que os pais fazem feitiçaria contra os filhos.

A estética nativa é aversa ao corpo e as funções naturais. Fazem rituais de jejum para fazerem gordos ficarem magros, banqueteiam os magros para os engordarem, rituais para fazerem seios das mulheres crescerem, ou diminuírem se são grandes. Aliás, essas de desenvolvimento hiper-mamário são idolatradas e podem viver de aldeia em aldeia exibindo-os em troca de uma taxa.

As funções sexuais são distorcidas, tabu como conversa, são muitos esforços feitos para evitar a gravidez, materiais mágicos e fases da lua. A concepção é pouco freqüente e, quando grávidas, as mulheres se vestem a ocultar o seu estado. O parto é em segredo, a maioria das mulheres não amamenta e nem cuida dos bebes.

Essa vida cheia de rituais mostra a dificuldade de compreender como os Sonacirema conseguiram sobreviver com os pesados fardos que lhes impuseram.

Agora que você leu tudo, leia ao contrário a palavra... Sonacirema. "nós, Sonamuh", também temos as mesmas práticas, mas não entendemos a verdade simplesmente pelo nosso preconceito e por despreparo mental em analisar as coisas sob outros pontos de vista, que não o do nosso ego.

Sujeitos etnocêntrincos são aqueles que não possiblitam a ideia do outro ser difenrente, estando sempre a projetar a sua relaidade sobre a dele (do "outro").

Diga não ao preconceito cultural, racial, moral, sexual........

Professor de Sociologia Michael Marques

michaelmarques.cs@hotmail.com


segunda-feira, 11 de outubro de 2010

EU ETIQUETA

Eu etiqueta

Em minha calça está grudado um nome

Que não é meu de batismo ou de cartório

Um nome... estranho

Meu blusão traz lembrete de bebida

Que jamais pus na boca, nessa vida,

Em minha camiseta, a marca de cigarro

Que não fumo, até hoje não fumei.

Minhas meias falam de produtos

Que nunca experimentei

Mas são comunicados a meus pés.

Meu tênis é proclama colorido

De alguma coisa não provada

Por este provador de longa idade.

Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,

Minha gravata e cinto e escova e pente,

Meu copo, minha xícara,

Minha toalha de banho e sabonete,

Meu isso, meu aquilo.

Desde a cabeça ao bico dos sapatos,

São mensagens,

Letras falantes,

Gritos visuais,

Ordens de uso, abuso, reincidências.

Costume, hábito, premência,

Indispensabilidade,

E fazem de mim homem-anúncio itinerante,

Escravo da matéria anunciada.

Estou, estou na moda.

É duro andar na moda, ainda que a moda

Seja negar minha identidade,

Trocá-lo por mil, açambarcando

Todas as marcas registradas,

Todos os logotipos do mercado.

Com que inocência demito-me de ser

Eu que antes era e me sabia

Tão diverso de outros, tão mim mesmo,

Ser pensante sentinte e solitário

Com outros seres diversos e conscientes

De sua humana, invencível condição.

Agora sou anúncio

Ora vulgar ora bizarro.

Em língua nacional ou em qualquer língua

(Qualquer, principalmente.)

E nisto me comprazo, tiro glória

De minha anulação.

Não sou - vê lá - anúncio contratado.

Eu é que mimosamente pago

Para anunciar, para vender

Em bares festas praias pérgulas piscinas,

E bem à vista exibo esta etiqueta

Global no corpo que desiste

De ser veste e sandália de uma essência

Tão viva, independente,

Que moda ou suborno algum a compromete.

Onde terei jogado fora

meu gosto e capacidade de escolher,

Minhas idiossincrasias tão pessoais,

Tão minhas que no rosto se espelhavam

E cada gesto, cada olhar,

Cada vinco da roupa

Sou gravado de forma universal,

Saio da estamparia, não de casa,

Da vitrine me tiram, recolocam,

Objeto pulsante mas objeto

Que se oferece como signo de outros

Objetos estáticos, tarifados.

Por me ostentar assim, tão orgulhoso

De ser não eu, mar artigo industrial,

Peço que meu nome retifiquem.

Já não me convém o título de homem.

Meu nome noco é Coisa.

Eu sou a Coisa, coisamente.

(Carlos Drummond de Andrade)

Michael Marques

Professor de Sociologia

michaelmarques.cs@hotmail.com

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Mito e Realidade

Mito e Realidade

O mito a princípio busca explicar a existência, a vida em si, busca as explicações da origem do homem dos primórdios do mundo, por meio de entes sobrenaturais e até mesmo seres com poderes de mutação (antropomórficos). As narrativas mitológicas, e como a entendemos hoje correm o risco de beirar ao ridículo, mas, contudo devemos lembrar e estudá-las como conhecimento produzido através dos tempos até o dito mundo civilizado contemporâneo. E, contudo vemos a influência do sagrado na construção do pensamento humano, no processo histórico no qual as sociedades arcaicas (ditas primitivas) tentam explicar a realidade que estão postas por meios dos mitos. A maneira que é manifestada os mitos, e a forma como são contadas nos passa uma idéia do sagrado, como aquela ou outra civilização é influenciada desde os primórdios. A diferenciação clara é que os fatos ocorridos conosco seguem uma linha histórica na qual não podemos reconstruir diferente das sociedades “primitivas”, que também têm uma linha histórica, mas, no entanto “conseguem”, na forma de seus ritos repetirem o que seus ancestrais o fizeram, através do mito manifestado pelos poderes do rito, constituindo assim uma historia sagrada. Remetendo-nos a hoje vemos o que podemos chamar de uma evolução do mito, que está presente e não sei se de maneira mais forte ou não em nossa sociedade, vejamos os filmes de heróis que temos seres poderosos vindo de outros planetas exemplos: super-homem, surfista prateado, entre outros. Há de ser colocado também que todos esses seres “heróis” contemporâneos têm suas historias, desde suas origens, a forma de como adquiriram esses tais poderes como também têm as historias míticas de povos “primitivos”, sendo que estou colocando só um dos meios que se propagam esses mitos em nossa sociedade. O inconsciente humano vem à tona na forma de como as historias nos são passadas, explicitamente a linguagem mitológica usada hoje é de uma elaboração fantástica, atingindo-nos ideologicamente, e na mais profunda percepção sensorial, ou seja, nossa capacidade seletiva de captar informações do mundo externo, daquilo que não conhecemos, mas também daquilo que queremos ser.

Michael Medeiros Marques

Graduado em Ciências Sociais pela Universidade Regional do Cariri

Professor de Sociologia

Integrante do Coletivo Camaradas

michaelmarques.cs@hotmail.com